sábado, 26 de novembro de 2011

Something Borrowed...


Aaah as comédias românticas. O Noivo da Minha Melhor Amiga (2011) é exatamente nada mais nada menos do que a receita pronta da comédia romântica, e ainda sim eu assisti o filme E li o livro.  Quem explica? Talvez a genética e o cromossomo XX.
Se eu tivesse que escolher entre o filme e o livro não hesitaria em ficar com o filme. Os dois são fracos apenas porque todo mundo conhece a história da menina ‘feia’, no caso Rachel, que se apaixona pelo namorado, Dexter, da amiga que é linda, Darcy. Mas o filme tem Kate Hudson que interpreta Darcy, a amiga linda, e convenhamos, ela nem precisa interpretar.  E John Krasinski (The Office) que faz Ethan o melhor amigo de Rachel, e ele salva o filme pelo simples fato de fazer você ficar esperando aquela cena em que ele vai aparecer.
O filme é totalmente diferente do livro, mas é até melhor. Eu acho isso muito estranho até porque eu sou dessas que adora dizer que o livro é bem melhor que o filme. Mas esse é o terceiro filme que eu prefiro ao livro.
Agora que quero tirar esse parágrafo para expressar a minha perplexidade com o pôster do filme, e capa do livro. Até agora não expliquei direito a sinopse, então lá vai:
Rachel (Ginnifer Goodwin) é uma advogada que mora em NYC e tem uma melhor amiga desde pequena, Darcy (Kate Hudson), que está prestes a se casar com o antigo amigo de Rachel, Dex (Colin Egglesfield). Na sua festa de 30 anos, preparado por Darcy, Dex apresenta seu amigo Marcus (Steve Howey) para Rachel e Darcy fica o tempo todo querendo juntar os dois. Até aí ok, quem olha o pôster imagina que os quatro são:

Poster um tanto quanto fail.
  
                                          Marcus, Rachel, Dexter e Darcy.
Mas não, o cara antes de Rachel é Ethan (John Krasinski) que no livro é um personagem secundário e no filme tem um pouco mais de destaque. Pode parecer um pequeno detalhe, mas me irritou profundamente eles colocarem essa foto na capa do livro.
Apesar de terminar exatamente como você imagina, existe algo bem real no filme: é fato de que existem dois tipos de meninas as Rachels e as Darcys. A Rachel é tímida e faz tudo voluntariamente para não machucar Darcy, sua melhor amiga. E Darcy é extrovertida, linda, e não liga para os sentimentos dos outros apenas se importa com ela mesma.
Fórmula para uma boa comédia romântica: a clássica cena romântica na chuva e uma trilha sonora repleta de Natasha Bendingfield. Junte esses dois e eu estou mais do que disposta para assistir.

domingo, 20 de novembro de 2011

Hiatus são para os fracos.

Nessa sexta feira, 18, eu estava voltando para casa quando me peguei refletindo dentro do ônibus sobre algo que vem me incomodando a algum tempo.

Desde os meus 7 anos até um tempo atrás, eu posso me lembrar de adorar e esse adorar vem de literalmente idolatrar uma banda. Vamos voltar então e tomar um doce chá de nostalgia:
Chiquititas, acreditem ou não, essa série ou novela ficou por muito tempo sendo uma paixão de minha parte. Mas, por incrível que pareça, apenas assistir a série ou comprar os CDs e saber todas as letras de cor e salteado estava bom pra mim.
Depois, passei por uma (longa) fase de Sandy & Júnior (percebam que esse post tem como objetivo, além de tudo, me humilhar.) Quem aqui nunca cantou Imortal, é porque não sabe o que é ser feliz. Comprava CDs, era fã assumida. Mas nunca fui em nenhum show deles. E sinceramente não me arrependo.
Aí a gente cresce, e infelizmente vira adolescente. Eu conheço pessoas que dizem que a adolescência foi a melhor época da vida deles. Bem, desculpem, mas a não ser que você tenha sido parte do seriado 90218, acho difícil isso ser verdade.
Larguei Sandy & Júnior e meu negócio agora era canadense e jurava ser rock & roll. Avril Lavigne e toda a sua rebeldia me deixou de boca aberta. Eu TINHA que ser igual a ela. Comprei seu primeiro CD (duas vezes), comprava revistas, posters e qualquer outro coisa que tivesse ela estampada. Ela usava preto e eu também. E de repente, ela me aparece com uma mecha rosa e usando saia e todas as minhas expectativas se afundaram.
Eu, órfã pela terceira vez, encontrei na música brasileira um lugar onde estacionar toda a minha dedicação e veneração. A música independente brasileira. Acreditem ou não.
Tive ainda mais duas ou três banda que dediquei todo meu amor de fã, sem contar todo o dinheiro de natal e aniversário e uma parede.
Passaram mais alguns anos e eu descobri um amor por filmes antigos. Deixei pra trás o preto e me juntei ao time de meninas que gastam todo o salário com roupa. Me encantei pela moda. E descobri que não traí, o que antes eu acreditava ser quem eu era, eu apenas mudei.
Mas o que me assustou dentro do ônibus, não foi perceber o quanto eu mudei, todos mudamos, mas foi perceber que já faz pelo menos uns três anos sou órfã dessa veneração por alguém ou algum grupo. Eu não sinto necessidade nenhuma em comprar mais nada apenas porque aquela banda está na capa, ou aquele cara de The OC tem um pôster exclusivo. Passei por uma rehab de dedicação aos outros e não percebi. Ao pensar nisso sorri como uma boba dentro do ônibus.
Mas aí, pensei em algo que vem me incomodando por algum tempo. Sabe quando as pessoas querem que você se defina, e perguntam: “E qual a sua banda preferida?”. Para alguém como eu, uma fã incondicional isso me mata. Qual a minha banda preferida? Essa semana ouvi todos os dias Florence + The Machine, mas semana passada foi Regina Spektor. Não tenho pôster de ninguém no meu quarto, nem recorte de revista no meu caderno.
Talvez eu seja como todas as outras pessoas que não tem bandas preferidas. Talvez seja por isso que eu sempre coloco meu ipod no shuffle.
Me tornei órfã de bandas. Talvez seja porque sou maior de idade e não precise de alguém me dizendo como ser.
Ou pode ser porque em algum lugar eu tenha decido me dedicar a outras coisa. Dividir todo aquele amor (nada saudável).


domingo, 17 de julho de 2011

Coisas Frágeis Vol. 1

Eu, louca por promoções, abri meu email e tinha um e-mail do Submarino completamente tentador com frete e preços ao meu ver tentadores e foi onde eu vi as duas edições de Coisas Fágeis do Neil Gaiman por 19,90. Não resisti e comprei.
Primeiramente, eu conheço o trabalho do Neil Gaiman por ter comprado alguns quadrinhos do Sandman e também por O Mistério da Estrela (filme e livro) então eu já sabia o que esperar.
Os dois volumes de Coisas Frágeis são uma coleção de contos que foram (alguns) publicados em revistas, ou diferente livros.

volume 1
"Afinal existem tantas coisas frágeis. Pessoas se despedaçam tão facilmente, sonhos e corações também."

No primeiro livro são 9 contos:
Um Estudo em Esmeralda
A Vez de Outubro
Lembranças e Tesouros
Os Fatos no Caso da Partida da Senhora Finch
O Problema de Susan
Golias
Como Conversar com Garotas em Festas
O Pássaro-do-Sol
O Monarca do Vale

O que mais me atraiu no livro foi que antes de todos os contos tem uma introdução em que Neil Gaiman explica conto por conto, quando, onde e porque ele os escreveu, o que na minha opinião os deixam muito mais interessantes. Alguns tem uma história sem graça por trás e são fabolusos, outros a circusntância em que foram escritos são extraordinárias, mas o conto em si não agrada muito.
O meu conto favorito é absolutamente A Vez de Outubro, no qual Gaiman dedicou a Ray Bradbury. E conta a história de dois meninos, um vivo e um não, que ficam amigos. Esse conto foi como um treino para o livro 'The Graveyard Book' que ele estava escrevendo.
O menos favorito é Os Fatos no Caso da Partida da Senhora Finch que apesar de misterioso parece incompleto.
O que mais me chamou atenção foi o O Problema de Susan. Quem já leu Crônicas de Nárnia conhece bem os irmãos Peter, Susan, Edmund e Lucy. Eu não quero fazer um spoiler massivo aqui, mas digamos que a Susan é a única que não tem um fim explicado, então ninguém sabe bem o que aconteceu com ela depois de Crônicas de Nárnia, nesse conto Gaiman conta a versão sombria dele.

Leitura mais que recomendada.

Começo a ler o Volume 2 amanhã.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Queimando a língua e aprendendo.

Pois bem, aqui estava eu ouvindo o cd do Pete Yorn com a Scarlett Johansson e escrevendo o post abaixo quando eu escrevi a seguinte frase: ''...ela [Scarlett Johansson] lançou em 2008 um cd solo chamado Anywhere I Lay My Head com covers do músico Tom Waits e uma música de sua autoria. O cd passou batido, achei meio off a voz dela e as músicas.''
Depois de escrever, eu decidi dar uma segunda chance (só ouvi uma vez e deletei logo em seguida) para o cd e: Pasmem! Não paro de ouvir desde terça-feira.
O cd como eu já disse foi lançado em 2008, com músicas do Tom Waits, apenas uma das músicas (Song For Jo) foi escrita pela Scarlett.
Nessa segunda vez que eu coloquei pra tocar o cd, comecei a prestar atenção nas letras mais do que qualquer coisa e tive uma surpresa quando fiquei cantando no dia seguinte algumas das frases que grudaram na minha cabeça.
Já que as letras me chamaram atenção, fui procurar como elas eram originalmente na voz de Tom Waits. Bem, tive meu choque (esse já é o terceiro, não percam as contas). A voz do Tom Waits, é bem... peculiar. Rouca. Única. Difícil de descrever. Enquanto a voz da Scarlett é doce, forte, fora de ritmo, mas mesmo assim parece emprestar um sentimento que combina com o ritmo e as letras.
Wait, what?
Pois é, eu estou apaixonada pelo cd.



TRACKLISTING
Fawn
Town With No Cheer
Falling Down
Fannin' Street
Anywhere I Lay My Head
Song For Jo
Green Grass
I Wish I Was In New Orleans
No One Knows I'm Gone
I Don't Want To Grow Up
Who Are You


Um dos motivos pelo qual eu julguei o cd tão rapidamente é o fato de que esse não é um cd fácil de de se ouvir. As músicas parecem ser controladas por ondas de humor, assim como a voz de Scarlett. Um alívio para nós consumidores de cultura de massa. (Desculpa a expressão, mas quem teve Semiótica nunca mais vê a vida do mesmo jeito. -not)
Espero que isso seja só comigo, mas eu sempre odeio um cd quando eu ouço pela primeira vez. Isso já aconteceu milhares de vezes, eu abrindo minha lata de lixo (virtuamente, ok?) e recuperando milhares de cds porque queria escutar de novo.




Umas das minhas músicas favoritas do cd é Falling Down, música que virou single e tem um clipe. Eu dexei aí as duas versões da música, a original e a do Tom Waits:

 




ps. não se precupem o próximo post não será sobre como eu me apaixonei pelo Tom Waits.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Pete Yorn & Scarlett Johnansson



Break Up cd 'colaborativo' de Pete Yorn e Scarlett Johansson foi lançado em 2009, mas ultimamente é a única coisa tocando no meu ipod.
Pra ser bem sincera eu não acompanho nem nunca acompanhei a carreira do Pete Yorn que possui 8 discos, sendo que 2 são ao vivo.
Já no caso da Scarlett Johansson é díficil passar batido na carreira dela. Além de todos seus filmes, ela lançou em 2008 um cd solo chamado Anywhere I Lay My Head com covers do músico Tom Waits e uma música de sua autoria. O cd passou batido, achei meio off a voz dela e as músicas.
Já o Break Up, onde todas as músicas são duetos, existe até uma expectativa de ouvir a voz de Scarlett, que canta muito bem.
Eu fiquei super curiosa de saber como os dois se conheceram e decidiram fazer um cd juntos, e o sempre helpful wikipédia me informou que Pete é irmão do agente da Scarlett. Esclarecido.



Tracklisting
Relator
Wear and Tea
I Don't Know What To Do
Search Your Heart
Blackie's Dead
I Am The Cosmos
Shampoo
Clean
Someday


Break Up é um cd realtivamente curto (30 minutos) com músicas que ficam na cabeça o dia todo. 'Relator' foi o primeiro (e único) single desse cd, mas se eu tivesse que recomendar um música seria I Don't Know What To Do ou Search Your, mas já que Relator é o single aí vai:

sábado, 2 de julho de 2011

Jane Eyre


“The human heart has hidden treasures, in secret kept, in silence sealed; The thoughts, the hopes, the dreams, the pleasures, whose charms were broken if revealed”

Há quase 1 ano eu estava na Livraria Cultura do Conjunto Nacional na Av. Paulista, quando eu me deparei com o livro Jane Eyre da Charlotte Bronte, no qual a única coisa que eu sabia era que a autora era irmã da Emily Bronte que escreveu O Morro dos Ventos Uivantes. Pois bem, decidi comprar mesmo não sabendo do que o livro se tratava. E para surpresa geral ele se tornou um dos meus livros favoritos.



O livro conta a história de Jane Eyre, um órfã que mora com sua tia e 3 primos que a maltratam. Logo no começo ela é mandada pela tia, que a acusa de mentirosa, para uma instituição de caridade chamada Lowood, onde apesar de um bom ensino, ela e todas as outras meninas passam fome, frio e condições extremas de precariedade. Depois de oito anos Jane anuncia em um jornal local para se torna governanta e assim começa sua jornada em Thornfield Hall, onde ela conhece Mrs. Fairfax, Àdele e Mr. Rochester por quem se apaixona. Mas Thornfield Hall esconde mistérios que fazem Jane fugir e se refugiar em Moor House com St. John Rivers e sua irmãs.

Além de toda essa história de romance e mistério, Charlotte Bronte constrói em Jane Eyre um retrato da sociedade britânica do séc 19, onde ela descreve como era a vida de uma menina órfã deixada à mercê da boa vontade de parentes e como a sociedade nobre inglesa via as governantas daquela época.

Charlotte Bronte nasceu em 1816 e publicou em 1847 Jane Eyre que foi um sucesso instântaneo. Bronte morreu em 1855 com apenas 39 anos.

"It's weak and silly to say you cannot bear what it is your fate to be required to bear."

Na edição de 28 de maio, a revista VEJA publicou uma matéria intitulada 'Porque ler ainda é decisivo' que continha uma tabela que dizia 'Um livro puxa outro':


Jane Eyre é leitura obrigatória a todos que adoram ler Jane Austen (Orgulho e Preconceito), e claro (ficou faltando nessa lista) Emily Bronte (O Morro dos Ventos Uivantes).

Para aquele que não se contentam apenas com o livro (eu!), ou então aqueles que NÃO se contentam com livros existe ainda a (difícil) possibilidade de ver Jane Eyre em filme ou seriado.
As três versões mais famosas são:

Jane Eyre - 1943 com Orson Welles

Jane Eyre - 2006 Minissérie da BBC

Jane Eyre 2011

A única que assisti foi a última com a Mia Wasikowska (de Alice no País das Maravilhas) e quase vendi um dos meus rins pra conseguir. Essa versão é bem fiel ao livro, mas com cortes gigantescos entre um acontecimento e outro. Morro de vontade de assistir a versão de 1943 com Orson Welles, mas né... se nem a de 2011 eu consegui direito.



A edição que eu comprei da Penguin Classics, é a terceira e última edição revisada por Charotte Bronte antes dela morrer. Eu já tentei achar alguma versão traduzida, mas não tive sorte ainda.

Leitura mais do que recomendada.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Estreia com direito a tapete vermelho. (not?)


Estreia do Chatorialist! Viva!
Ok, estreia de blog é uma daquelas situações em que o assunto nunca surge, mas isso não me impede de dizer as coisas mais importantes.
Nesse blog eu vou falar as coisas que eu mais gosto. Assim sendo cultura, e eu sei que isso soa errado pra todos os alunos de Antropologia, mas esse é o termo que melhor descreve livros, arte, cinema e etc. Hoje em dia está mais do que em alta blogs de moda, não que isso seja ruim, eu entro em vários, especialmente se o assunto é esmalte. Mas eu não sou boa com moda, maquiagem ou tudo que envolva... ah, deu pra entender.
Outra coisa é o fato de eu ser estudante de jornalismo, e bem digamos assim que blogs são os melhores amigos de um jornalista em ascensão. Ou assim eu espero.

Chatorialist: é uma tentativa falha de fazer uma brincadeira com o conceituado The Sartorialist que fotografa pessoas ao redor do mundo, em geral todas com um estilo melhor que o meu nosso.


Yay!